segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Querido Lima B.,

sua dor e sua luta ainda ecoam .
Desde que você se foi não mudou muita coisa por aqui.
Queria tanto comemorar seu aniversário este ano de forma diferente,
mas os trezes de maio têm sido sempre iguais.
Esqueci de contar-lhe que a efemeridade é uma das marcas dessa minha modernidade,
talvez seja esse o motivo de nosso esquecimento.
E por falar nisso, meu amigo anarquista, nos achamos tão modernos e livres, mas onde está essa liberdade que nunca chega?
Dê- me um pouco de sua força meu amigo.
Eu em  pleno século XXI e você daí, deste século retrógrado, me
expondo deste jeito, falando dos meus medos, da minha vida hipócrita e mesquinha,
da minha sociedade e dos nossos podres poderes.

Volta Lima,
volta através de nós.
Façamos da sua luta a nossa.

Valéria Lourenço.
21.02.2011

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