"Confidência"
Diz o meu nome
pronuncia-o
como se as sílabas te queimassem os lábios
sopra-o com a suavidade
de uma confidência
para que o escuro apeteça
para que se desatem os teus cabelos
para que aconteça
Porque eu cresço para ti
sou eu dentro de ti
que bebe a última gota
e te conduzo a um lugar
sem tempo nem contorno
Porque apenas para os teus olhos
sou gesto e cor
e dentro de ti
me recolho ferido
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci
Porque a minha mão infatigável
procura o interior e o avesso
da aparência
porque o tempo em que vivo
morre de ser ontem
e é urgente inventar
outra maneira de navegar
outro rumo outro pulsar
para dar esperança aos portos
que aguardam pensativos
No húmido centro da noite
diz o meu nome
como se eu te fosse estranho
como se fosse intruso
para que eu mesmo me desconheça
e me sobressalte
quando suavemente
pronunciares o meu nome
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Nube blanca
Branca nuvem chegaste,
Olhos dourados cintilando alegria
Palavras em compasso
Pensamentos em harmonia.
Primaveras que chegam juntas
Andam na contramão
Histórias infinitas
Sonhos na mesma direção.
Branca nuvem, onde andaste?
Só agora a encontrei
Estarás sempre perto
Nossos passos (in)certos
Mas por ti esperarei.
Valéria Lourenço.
19/06/2011 às 16 h
Olhos dourados cintilando alegria
Palavras em compasso
Pensamentos em harmonia.
Primaveras que chegam juntas
Andam na contramão
Histórias infinitas
Sonhos na mesma direção.
Branca nuvem, onde andaste?
Só agora a encontrei
Estarás sempre perto
Nossos passos (in)certos
Mas por ti esperarei.
Valéria Lourenço.
19/06/2011 às 16 h
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